O DIREITO DAS CRIANÇAS

Andar debaixo da chuva,Ouvir música e dançar.Ver carreiro de saúva,Sentir o cheiro do mar.Pisar descalça no barro,Comer frutas no pomar,Ver casa de joão-de-barro,Noite de muito luar.Ter tempo pra fazer nada,Ter quem penteie os cabelos,Ficar um tempo calada...Falar pelos cotovelos.E quando a noite chegar,Um bom banho, bem quentinho,Sensação de bem-estar...De preferência um colinho.Embora eu não seja rei,Decreto, neste país,Que toda, toda criançaTem direito de ser feliz!



RUTH ROCHA

Histórico do CEI

Olá, eu sou o Centro de Educação Infantil “Vó Rosa”, gostaria de me apresentar e contar um pouco da minha história e do que penso sobre educação de crianças.


Primeiramente vou falar um pouco da história do meu nome. Meu nome é Vó Rosa, não apenas por eu ser bela e perfumosa feito uma rosa, mas principalmente por ter sido o senhor Geraldo de Oliveira, o popular “Vô Jaime”, quem fez a doação deste terreno aonde eu me localizo a muitos e muitos anos atrás para a construção de uma antigo escolinha que funcionou neste prédio até meados de 2006, então para homenagear este tão generoso senhor, me deram o nome de “Vó Rosa”, pois Rosa é o nome de sua esposa (‘in memorian’ ).

Fui muito desejada e muitos lutaram para que eu existisse por mais de 17 anos. Finalmente, em março de 2007, iniciaram a reforma de minha estrutura física, pois eu começaria a existir a partir de um prédio onde já funcionava uma antiga escola a mais de 20 anos. Foi muito quebra-quebra, esforços dali e esforços de lá, muitas pessoas botaram a mão na massa para garantir minha existência.

No dia 21 de junho de 2007 fizeram a inauguração de minha estrutura física pronta, começaram a chegar aqueles que passariam, a partir de então, a me constituir: crianças, pais, funcionários e equipes de professores. Era muita gente, com muita vontade de acertar, mas que às vezes me deixava (e ainda me deixa) completamente tonta...
 
Comecei então a perceber que passaria a ser, a partir daquele momento, o resultado da ação de todos aqueles atores, aí incluídos os humanos (crianças, pais, funcionários, equipes de diferentes áreas do conhecimento) e os não humanos (brinquedos - ou sua ausência, goteiras, arranjo espacial das salas, plantas, portões, etc.).
Minha história está sendo, assim, construída desta forma pendular. Se não tenho certezas, tampouco sou o lugar da pura indefinição. É no movimento do fazer e refazer de todos os meus atores que me configuro.